Anita Garibaldi

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Ana Maria de Jesus Ribeiro

Also Known As: "Anita"
Birthdate:
Birthplace: Laguna, Santa Catarina, Brazil
Death: August 04, 1849 (27)
Ravenna, Province of Ravenna, Emilia-Romagna, Italy (Died during Garibaldi retreat to San Marino, pregnant with her 5th child)
Place of Burial: Caprera, Sardegna Region, Italy
Immediate Family:

Daughter of Bento Ribeiro da Silva and Maria Antónia da Jesus
Wife of Giuseppe Garibaldi
Ex-wife of Manuel Duarte Aguiar
Mother of Domenico Menotti di Garibaldi; Rosa di Garibaldi; Teresa Canzio di Garibaldi and Ricciotti Garibaldi
Sister of Felicidade de Jesus Ribeiro; Manoel Ribeiro da Silva; Cecília (Sissilia) Ribeiro da Silva; Manoela Antonia de Jesus (Ribeiro); Francisco Ribeiro da Silva and 4 others

Occupation: Freedom fighter
Managed by: Carla Assenheimer (Curadora)
Last Updated:

About Anita Garibaldi

Ana Maria de Jesus Ribeiro di Garibaldi, best known as Anita Garibaldi, (August 30, 1821 – August 4, 1849) was the Brazilian wife and comrade-in-arms of Italian revolutionary Giuseppe Garibaldi. Their partnership epitomized the spirit of the 19th century's age of romanticism and revolutionary liberalism.

Early life

Ana Maria "Anita" de Jesus Ribeiro was born into a poor family of Azorean Portuguese descent, herdsmen and fishermen in Laguna in the southern Brazilian province of Santa Catarina, a year prior to that country's independence from Portugal. In 1835, at the young age of fourteen years, Anita was forced to marry Manuel Duarte Aguiar, who appears to have abandoned her sometime thereafter.

Life with Giuseppe Garibaldi

Giuseppe Garibaldi, a Ligurian sailor turned Italian nationalist revolutionary, had fled Europe in 1836 and was fighting on behalf of a separatist republic in southern Brazil (the War of the Farrapos). When young Garibaldi first saw Anita, he could only whisper to her, "You must be mine."[2] She joined Garibaldi on his ship, the Rio Pardo, in October of 1839. A month later, she received her baptism of fire in the battles of Imbituba and Laguna, fighting at the side of her lover.

A skilled horsewoman, Anita is said to have taught Giuseppe about the gaucho culture of the plains of southern Brazil, Uruguay, and northern Argentina. One of Garibaldi's comrades described Anita as "an amalgam of two elemental forces…the strength and courage of a man and the charm and tenderness of a woman, manifested by the daring and vigor with which she had brandished her sword and the beautiful oval of her face that trimmed the softness of her extraordinary eyes."

In 1841, the couple moved to the Uruguayan capital of Montevideo, where Giuseppe Garibaldi worked as a trader and schoolmaster before taking command of the Uruguayan fleet in 1842 and raising an "Italian Legion" for that country's war against Argentine dictator Juan Manuel de Rosas. Anita participated in Garibaldi's 1847 defense of Montevideo against Argentina and his Uruguayan allied former dictator Manuel Oribe.

Anita and Giuseppe were married on March 26, 1842, in Montevideo. They had four children, Menotti (1840-1903), Rosita (1843-1845), Teresita (1845-1903), and Ricciotti (1846-1924). Anita was carrying their fifth child when she died. Anita Ribeiro di Garibaldi in a rare photo dressed as a man [edit] Death on campaign in Italy

Anita accompanied Garibaldi and his red-shirted legionnaires back to Italy to join in the revolutions of 1848, where he fought against the forces of the Austrian Empire. In February 1849, Garibaldi joined in the defense of the newly-proclaimed Roman Republic against Neopolitan and French intervention aimed at restoration of the Papal State. Anita joined her husband in the defense of Rome, which fell to a French siege on June 30. She then fled from French and Austrian troops with the Garibaldian Legion. Pregnant and sick, she died on August 4, 1849 at 7:45 pm in the arms of her husband at Guiccioli Farm in Mandriole, near Ravenna, Italy, during the tragic retreat.

Anita remained a presence in Garibaldi's heart for the rest of his life. It was perhaps with her memory in mind that, while traveling in Peru in the early 1850s, he sought out the exiled and destitute Manuela Sáenz, the fabled companion of Simón Bolívar. Years later, in 1860, when Garibaldi rode out to Teano to hail Victor Emanuel II as king of a united Italy, he wore Anita's striped scarf over his gray South American poncho.

Em português

Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi (Laguna, 30 de agosto de 1821 — Mandriole, Itália, 4 de agosto de 1849) foi a companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos". Ela é considerada, até hoje, uma das mulheres mais fortes e corajosas da época.

A controvérsia sobre o local de nascimento

Alguns estudiosos alegam que Anita Garibaldi teria nascido em Lages, que na cúria metropolitana daquela cidade estaria o registro dos irmãos mais velho e mais novo dela, e que teria sido retirada do livro a folha do registro de Ana Maria de Jesus Ribeiro. Em 1998, entidades representativas da sociedade civil de Laguna promoveram uma ação judicial para obter o registro de nascimento tardio de Anita Garibaldi. A ação tramitou na primeira vara da comarca de Laguna, sendo instruída com diversos documentos que comprovariam que Anita nasceu no município de Laguna. Assim, em 5 de dezembro de 1998, proferiu-se:

"Ante o exposto, julgo procedente o pedido inicial, a fim de determinar o registro de nascimento de Ana Maria de Jesus Ribeiro, nascida em 30 de agosto de 1821, na cidade de Laguna, filha de Bento Ribeiro da Silva, natural de São José dos Pinhais, Paraná, e de Maria Antônia de Jesus Antunes, natural de Lages, Santa Catarina, sendo seus avós paternos Manuel Collaço e Ângela Maria da Silva e avós maternos Salvador Antunes e Quitéria Maria de Sousa, o que faço embasado no artigo 50, § 4º combinado com o 52, § 2º, da Lei n.º 6.015/73." (Ação de Registro de Nascimento Tardio n.: 040.98.000395-4).

As pessoas que reivindicaram a exata data do nascimento de Anita se baseiam em provas fornecidas por autores, como Wolfwang Ludwig Rau, tal como mostra o jornal Página do Gaúcho.

Anita Garibaldi, descendente de portugueses imigrados dos Açores à província de Santa Catarina no século XVIII, provinha de uma família modesta. O pai Bento era comerciante em Lages e casou-se com Maria Antônia de Jesus. Anita era a terceira de 10 filhos (6 meninas e 4 meninos).

Após a morte do pai e o casamento da irmã mais velha, Anita cedo teve que ajudar no sustento familiar e, por insistência materna, casou-se, em 30 de agosto de 1835, aos 14 anos, com Manuel Duarte de Aguiar, na Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos da Laguna. Depois de somente três anos de matrimônio, o marido alistou-se no exército imperial, abandonando a jovem esposa.

No Brasil

Durante a Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, o guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi, a serviço da República Rio-Grandense, participa da tomada do porto de Laguna, na então província de Santa Catarina, onde conheceu Anita, que se apaixonou e decidiu lutar pela independência gaúcha e de outros territórios. Eles ficaram juntos pelo resto da vida de Anita, que seguiu Garibaldi em seus combates em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai (Montevidéu) e Itália. Eles tiveram quatro filhos .

O encontro com Giuseppe Garibaldi

Anita tinha 18 anos quando encontrou-se com Giuseppe Garibaldi. Ele tinha 32 anos. Garibaldi tomava parte das tropas farroupilhas de Davi Canabarro, em julho de 1839, que chegaram para tomar Laguna e formar a República Juliana.

Ao chegar a Laguna, a bordo da embarcação "Itaparica", tomada do inimigo e armada com sete canhões, Garibaldi observava com uma luneta as casas da barra de Laguna. Observou então, em um grupo de moças que passeava, uma jovem cujo rosto conquistou sua imaginação e seu coração. Providenciou um barco, foi até a margem e depois até o local onde a tinha visto, porém não a encontrou.

Tinha perdido a esperança de encontrá-la, quando um habitante local o convidou a ir a sua casa para um café. Garibaldi aceitou e na casa encontrou a jovem que procurava. Assim Garibaldi relata o encontro em suas memórias: "Entramos, e a primeira pessoa que se aproximou era aquela cujo aspecto me tinha feito desembarcar. Era Anita! A mãe de meus filhos! A companhia de minha vida, na boa e na má fortuna. A mulher cuja coragem desejei tantas vezes. Ficamos ambos estáticos e silenciosos, olhando-se reciprocamente, como duas pessoas que não se vissem pela primeira vez e que buscam na aproximação alguma coisa como uma reminescência. A saudei finalmente e lhe disse: 'Tu deves ser minha!'. Eu falava pouco o português, e articulei as provocantes palavras em italiano. Contudo fui magnético na minha insolência. Havia atado um nó, decretado uma sentença que somente a morte poderia desfazer. Eu tinha encontrado um tesouro proibido, mas um tesouro de grande valor."

Em 20 de outubro de 1839, Anita decide seguir Garibaldi, subindo a bordo de seu navio para uma expedição militar.

Em Imbituba recebeu o batismo de fogo, quando a expedição corsária foi atacada pela marinha imperial do Brasil. Dias depois, em 15 de novembro, Anita confirma sua coragem sem fim e seu amor heroico a Garibaldi na famosa batalha naval de Laguna, contra Frederico Mariath, na qual se expõe a grande risco de morte, atravessando uma dúzia de vezes a bordo da pequena lancha de combate para trazer munições em meio a uma verdadeira carnificina. Anita também combateu ao lado de garibaldi em Santa Vitória. Depois passou o Natal de 1839 em Lages.

Batalha de Curitibanos

Em 12 de janeiro de 1840, Anita participou da batalha de Curitibanos, na qual foi feita prisioneira. Durante a batalha, Anita provia o abastecimento de munições aos soldados. O comandante do exército imperial, admirado de seu temperamento indômito, deixou-se convencer a deixá-la procurar o cadáver do marido, supostamente morto na batalha. Em um instante de distração dos guardas, tomou um cavalo e fugiu. Após atravessar a nado com o cavalo o rio Canoas, chegou ao Rio Grande do Sul, e encontrou-se com Garibaldi em Vacaria, oito dias depois.

Em 16 de setembro de 1840, nasceu no estado do Rio Grande do Sul, na então vila e atual cidade de Mostardas o primeiro filho do casal, que recebeu o nome de Menotti Garibaldi, em homenagem ao patriota italiano Ciro Menotti. Doze dias depois, o exército imperial, comandado por Pedro de Abren, cercou a casa para prender o casal, e Anita fugiu a cavalo com o recém-nascido nos braços e alcançou um bosque aos arredores da cidade, onde ficou escondido por quatro dias, até que Garibaldi a encontrou.

No Uruguai

Em 1841, quando a situação militar da República Riograndense tornou-se insustentável, Garibaldi solicitou e obteve do general Bento Gonçalves a permissão para deixar o exército republicano. Anita, Giuseppe e Menotti mudaram-se para Montevidéu, no Uruguai, receberam um rebanho de 900 cabeças de gado, das quais, depois de 600km de marcha, 300 chegaram a Montevidéu, em junho de 1841.

No Uruguai, em 1842, dois anos e meio após seu encontro, o casal legalizou sua união, na igreja de São Francisco de Assis, em Montevidéu. A certidão de casamenteo era exigida pela constituição do Uruguai a quem aspirava cargos públicos. Garibaldi foi indicado comandante da pequena frota uruguaia, que combatia a potente esquadra naval argentina, comandada pela almirante William Brown

No Uruguai nasceram os outros três filhos do casal: Rosa (1843), Teresa (1845) e Ricciotti Garibaldi (1847). Rosa faleceu aos dois anos de idade por asfixia, por causa de uma infecção na garganta, o que fez Anita e Garibaldi sofrerem muito.

Em 1846, Garibaldi tentou enviar Anita e as crianças para longe, para Nice para ficarem com sua mãe, mas obteve um parecer negativo do Ministério dos Negócios Estrangeiros do rei Carlos Alberto, Solaro della Margarita, em junho de 1846. Mais tarde, com os legionários italianos planejando voltar para casa, e graças ao recolhimento de fundos organizado, entre outros por Stefano Antonini, Anita, com seus três filhos e outros familiares dos legionários partem finalmente em janeiro de 1848, em um barco com destino a Nice, onde foram confiados por um tempo sob os cuidados da família de Garibaldi.

Na Itália

Em 1847, Anita foi para a Itália com os três filhos e encontrou-se com a mãe de Garibaldi. Elas depois viajaram para a cidade de Nizza, (atual Nice, na França), onde ficaram morando. O próprio Garibaldi reuniu-se a eles alguns meses depois, quando voltaram a Itália. Os filhos de Anita e Garibaldi ficaram na França com a mãe dele.

Em 9 de fevereiro de 1849, presenciou com o marido a proclamação da República Romana, mas a invasão franco-austríaca de Roma, depois da batalha no Janículo, obrigou-os a abandonar a cidade. Com 3 900 soldados (800 deles a cavalo), Garibaldi deixou Roma. Em sua perseguição saíram três exércitos (franceses, espanhóis e napolitanos) com quarenta mil soldados. Ao norte lhes esperava o exército austríaco, com quinze mil soldados. Anita e o marido tinham que enfrentar a guerra e lutar para salvar o território italiano. Mesmo grávida do 5º filho, ela enfrentou tudo até o fim.

Anita, no final da gravidez, tentou não ser um peso para o marido, querendo deixá-lo despreocupado para lutar sozinho na guerra, em que ela poderia ir morar com a mãe dele, como seus filhos moravam, mas suas condições de saúde pioraram quando atingiram a República de San Marino. Ela e Garibaldi decidiram não aceitar o salvo-conduto oferecido pelo embaixador americano e continuaram a fuga, pois não teriam como lutar contra milhões de soldados e se fossem presos, morreriam na cadeia. Com febre e perseguida pelo exército austríaco, foi transportada às pressas à fazenda Guiccioli, próximo a Ravenna, onde morreu no parto junto com a criança, em 4 de agosto de 1849, para desespero de Garibaldi.

Caçado pelos austríacos, sem nem sequer poder acompanhar o sepultamento da esposa, Garibaldi saiu outra vez para o exílio e nos dez anos em que esteve fora da Itália, os restos mortais de Anita foram exumados por sete vezes. Por vontade do marido, seu corpo foi transferido a Nice. Em 1932, seu corpo foi finalmente sepultado no monumento construído em sua homenagem no Janículo, em Roma.

O legado de Anita

Considerada, no Brasil e na Itália, um exemplo de dedicação e coragem, Anita foi homenageada pelos brasileiros com a designação de dois municípios, ambos no estado de Santa Catarina: Anita Garibaldi e Anitápolis. Muitas cidades brasileiras possuem também ruas e avenidas com seu nome, como a avenida Anita Garibaldi, em Salvador, Bahia. Em abril de 2012 foi sancionada a Lei 12.615 que determinou que seu nome fosse inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.

Fonte:Wikipedia

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Anita Garibaldi's Timeline

1821
August 30, 1821
Laguna, Santa Catarina, Brazil
1840
September 16, 1840
São Simão, Mostardas, Rio Grande do Sul, Brazil
1843
1843
Montevideo, Montevideo Department, Uruguay
1845
March 22, 1845
Uruguay
1846
February 24, 1846
Montevideo, Montevideo, Uruguay
1849
August 4, 1849
Age 27
Ravenna, Province of Ravenna, Emilia-Romagna, Italy
1849
Age 27
Garibaldi Family Cemetery, Caprera, Sardegna Region, Italy